
Estes dois investigadores colaboraram na investigação sobre a região dos concelhos de Vila Velha de Ródão e de Nisa, procurando esclarecer a evolução geológica e da paisagem durante o Cenozóico.

Nos Estados Unidos e no Canadá o número de bisontes americanos diminuiu drásticamernte devido à intensa caça a que foram submetidos para proporcionar carne aos construtores dos caminhos de ferro. Estes herbívoros podem chegar a pesar uma tonelada e medir três metros de comprimento e dois metros de altura. Caracterizam-se pela bossa no pescoço e pelo grande colar de pele lanosa. No Inverno, alguns rebanhos deslocam-se para zonas mais quentes em busca de alimento, enquanto outros escavam na neve para encontrar pequenas zonas de pasto. No verão os machos lutam ferozmente pelas fêmeas. O seu tempo de vida é de 30 a 50 anos. Hoje, nas pradarias do longínquo oeste americano, já só restam cerca de 2500 exemplares.
Na Ásia observa-se um discreto equilíbrio da fauna, dado o respeito religioso pelos animais. No entanto, ao sul da Ásia o rinoceronte sofre uma caça intensa e absurda, por se acreditar nas qualidades mágicas e curativas dos seus cornos e de outras partes do corpo. O rinoceronte da Índia é a variedade maior deste animal em toda a Ásia. Tem um único corno, que chega a medir 40 centímetros. De facto não é verdadeiramente um corno, mas um feixe de pelos fortemente unidos entre si. Este animal tem uma altura semelhante à de um touro e pesa mais de duas toneladas. A sua pele é muito grossa, com pregas profundas que parecem placas de blindagem e protuberâncias semelhantes a rebites. Com este aspecto é natural que muitos pensassem tratar-se de um animal couraçado. De facto, um rinoceronte em investida parece um tanque de assalto. Infelizmente a "armadura" não o protege das balas dos caçadores que o procuram para vender a sua pele, os seus cascos e, especialmente, o corno, muito apreciado pelos curandeiros orientais. O seu tempo de vida oscila entre os 30 e 47 anos. Actualmente restam uns mil rinocerontes na Índia, que vivem em reservas protegidas.
A diferenciação estacional nas florestas temperadas é bastante acentuada. A Primavera é caracterizada pelo verde intenso das folhas e pelas mais variadas flores. A folhagem das árvores, que no Verão é verde, começa, na chegada do Outono, a tomar tons avermelhados, acabando por cair.
Há milénios que o Homem se tem concentrado, preferencialmente, no hemisfério norte, onde têm surgido os mais importantes progressos da sociedade. As grandes variações térmicas e as alterações climáticas agem como estínulo a uma contínua adaptação dos organismos vivos. Os animais e as plantas, pela contínua luta com o ambiente, muitas vezes hostil, sofrem constantemente um processo evolutivo, de forma a tornarem-se aptos a enfrentar o dinamismo ambiental.
A intervenção do Homem nas regiões temperadas tem destruído vastas áreas de floresta, para utilização dos solos na agricultura, pelo que, actualmente, a floresta temperada, com características primitivas está limitada a poucos milhares de quilómetros quadrados. A diminuição da área florestal implicou a redução da população animal nessas regiões e muitos deles modificaram o seu regime alimentar, que, em parte, é constituído pelo que conseguem no solo aberto e cultivado pelo Homem.
Amendoeiras em flor, Foz Côa, 2007
A fauna da floresta temperada é constituída por espécies de pequeno porte que migram ou hibernam. As aves são, predominantemente, migradoras, como o pica-pau verde, alguns pequenos mamíferos, répteis, anfíbios, moluscos e artrópodes. Os roedores que não se delocam, tal como as lebres e os esquilos, trocam de pelo com a chegada do inverno, mas o índice de mortalidade é muito elevado quando chega o frio. A marmota, que é um pequeno herbívoro roedor hiberna, tornando-se uma presa fácil para os predadores. A comunidade ecológica animal da floresta temperada é constituída por lobos, raposas, javalis, cervos, infelizmente, quase todos, actualmente, em vias de extinção.
Nos riachos, charcos e lagoas das águas das florestas temperadas, existem peixes, rãs, salamandras, sapos e grande variedade de insectos.
As regiões de floresta temperada mostram tendências de subidas acentuadas em alterações climáticas, espécies invasoras e poluição, o que influenciará, muito negativativamente, a curto prazo, a biodiversidade dessas regiões, se não forem tomadas medidas adequadas e urgentes.
É preciso contrariar os impactos negativos sobre a biodiversidade se quisermos continuar a ver as explosões de cores e a ouvir os sons primaveris, a seguir ao silêncio do Inverno....
Lírio-do-Gerês
A FAUNA
Estão recenseadas 226 espécies de vertebrados protegidas pela Convenção de Berna, das quais 65 pertencem à lista de espécies ameaçadas do Livro Vermelho de Portugal. O isolamento em que permanecem as altas zonas serranas e as condições favoráveis do meio permitiram que se mantivessem aqui espécies hoje raras e únicas no mundo, como é o caso dos garranos selvagens (Equus caballus). O garrano é um cavalo de pequeno porte que corre pelas serras do Parque e que não é estranho a quem o visita. Muitos deles já não são selvagens e pertencem aos aldeões, mas andam soltos pelas serras.
Subsistem também o javali, a raposa, o texugo, a lontra, o gato-bravo (Felis silvestris), a fuinha, o musaranho-dos-dentes-vermelhos (Sorex granarius), a marta (Martes martes) e o esquilo (Sciurus vulgaris).
Há também espécies que têm vindo a desaparecer, como o lobo e o corço, para além do garrano. O lobo (Canis lupus), quase extinto em todo o país, ainda subsiste na Peneda-Gerês, embora com pouca representatividade. Tido como predador de gado, sofre com a perseguição do homem e com as alterações do seu habitat, nomeadamente com o desaparecimento de várias espécies que constituem a sua alimentação.
Raposa
O corço é um animal florestal parecido com o veado, apesar de o seu porte ser muito menor. Existem também texugos e gatos bravos.
A comunidade de morcegos presente no Parque do Gerês conta com oito espécies, das quais a mais importante em termos de conservação é o morcego-arborícola-pequeno.
De répteis, subsistem a cobra-d’água, o lagarto d’água e a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica). A víbora (Vipera latastei e Vipera Seonei) está ainda bem representada no Parque. A Vipera Seonei é uma espécie endémica do Norte da Península Ibérica e a apenas existe em Portugal na zona do PNPG.
Fonte: Naturlink
RN Estuário do tejo - Alcochete -2004 ( foto do Núcleo de Lisboa da Quercus)
Em redor, deste estuário, um dos mais importantes da Europa, subsiste ainda uma paisagem com sapais, bancos de lodo, vestígios de antigas salinas e viveiros de peixe, entretanto desactivados, e, ainda, evidências de património de interesse histórico-arqueológico ligado a antigas práticas sustentáveis de exploração dos recursos do estuário, nomeadamente, os moinhos de maré e seus viveiros, que são necessário preservar.
As zonas húmidas litorais (lagoas, sapais, estuários) constituem um meio privilegiado para a sobrevivência e reprodução de muitas espécies animais terrestres e aquáticas. As condições abióticas específicas destes locais proporcionam a existência de uma grande riqueza piscícola, de bivalves e a grande diversidade de aves. No entanto, a caça excessiva, a poluição, a drenagem e o enxugo de terrenos constituem ameaças à sobrevivência destes espaços naturais.
Fonte: ICN
É urgente uma ética ecológica profunda, especialmente na ciência, já que a maior parte daquilo que os cientistas estão fazendo não preserva a natureza, mas destrói-a:
Físicos criam armas que ameaçam varrer a vida do planeta;
Químicos contaminam o meio ambiente;
Biólogos criam novos e desconhecidos microrganismos sem medir as consequências;
Cientistas torturam animais em nome do progresso científico.
Com todas essas atividades em marcha, é claro como a luz do dia que introduzir padrões éticos na ciência moderna é mais do que urgente. Precisamos estar dispostos a questionar tudo e abandonar a busca cega de crescimento sem restrições.
Uma sociedade sustentável é aquela que não reduz as oportunidades das futuras gerações.
A Terra é nosso lar comum
e criar
um mundo sustentável
para nossos filhos e para as futuras gerações
é tarefa de todos nós
Adapatado de Fritjof Capra
Fonte: wwwtaps.org.br/Páginas/Meioambiente.html